Governador deve se reunir por videoconferência com equipe do governo Bolsonaro na terça-feira para deliberar sobre medidas
O governo de Santa Catarina divulgou novo balanço de casos confirmados do novo coronavírus no final da tarde segunda-feira (23), em coletiva de imprensa. São 86 pacientes diagnosticados com a doença. Se comparado com o número divulgado no domingo (22) são 18 novos casos em 24h.
As cidades de Içara, Gaspar e Porto Belo, que anteriormente não apareciam, passaram a integrar a lista de municípios em que há pacientes contaminados. Os casos suspeitos não foram atualizados por problemas no sistema.
Em transmissão ao vivo, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) também informou que assinará novo decreto ainda nesta segunda-feira, prolongando por mais sete dias a situação de emergência em todo o território catarinense:
– É o melhor a se fazer agora, o isolamento social, pra evitar proliferação em massa do coronavírus.
Moisés disse, ainda, que na terça-feira (24), vai se reunir com a equipe do governo de Bolsonaro para falar sobre as últimas medidas que o governo federal anunciou e que serão efetivadas por medida provisória.
O governador disse que já solicitou apoio do exército, através do Ministério da Defesa, especialmente para cuidados com fronteiras e deve deliberar com os generais sobre o emprego das tropas, no entanto, ainda não cogita o toque de recolher. A reunião também está prevista para esta terça-feira (24).
Cidades de SC com casos de coronavírus
Florianópolis 15;
Criciúma 9;
Braço do Norte 9;
Blumenau 7;
Itajaí 7;
Tubarão 7;
Balneário Camboriú 6;
Joinville 4;
São José 4;
Chapecó 2;
Gravatal 2;
Imbituba 2;
Jaraguá do Sul 2;
Porto Belo 2;
Rancho Queimado 2;
Gaspar 1;
Içara 1;
Jaguaruna 1;
Lages 1;
Navegantes 1;
Pomerode 1.
Curas em SC e o perfil dos contaminados
Questionado sobre pacientes já curados no Estado, o secretário da Saúde Helton Zeferino informou que ainda não há registro entre os sintomáticos, ou seja, que apresentam sintomas da doença:
– Temos casos em terapia intensiva e tem quadro pulmonar que exige cuidados de atenção que não é de rotina. A doença causa lesões específicas e não temos medicamento específico de coronavírus. Alguns vão desenvolver a doença, desenvolver anticorpos e desenvolver a cura. Todos os anos, daqui por diante, teremos mutação do vírus e em algum tempo teremos vacina para que possa se proteger. É preciso lembrar que a grande maioria de nós vai ter contato com a doença, vai desenvolver um sintoma gripal e depois vai retornar à rotina.
Já em relação ao perfil dos contaminados, Zeferino afirmou que, com base nos pacientes que entraram na rede hospitalar, se percebe que, como na maioria dos países, os quadros mais graves são de pessoas com idade avançada.
– Mas há caso de confirmação em UTI de faixa etária mediana. Não podemos entender que somente a população idosa está mais exposta e as demais achar que não deve se cuidar por ser imune. Toda a faixa etária tem risco – lembrou.
Fonte: www.nsctotal.com.br